Dilair Daroit deu aval em dívida contraída pelo ex-marido e ex-deputado Mauro Savi
Mesmo alegando não reconhecer sua assinatura em uma nota promissória, a empresária Dilair Salete Daroit Savi foi alvo de uma penhora de bens determinada numa ação de execução de dívida no valor de R$ 1,3 milhão. Ex-esposa do ex-deputado estadual Mauro Savi (DEM), ela recebeu a visita de dois oficiais de Justiça nesta terça-feira (25) acompanhados de um advogado representante da empresa Miranda Incorporadora e Locadora de Máquinas Ltda, autora do processo. A dívida foi contraída por Savi tendo Dilair como avalista.
Do imóvel, eles levaram diversas jóias que foram encaminhadas para o Banco do Brasil. Dilair também ficará sem alguns móveis e obras de arte de alto valor. Tais objetos serão levados da residência em outro momento. A ordem judicial foi concedida pela juíza Paula Saide Biagi Messen Mussi Casagrande, da 1ª Vara Cível de Sorriso, no dia 14 de maio deste ano.
A ação de execução de título extrajudicial tramita na Justiça desde o dia 25 de julho de 2018. Diante da comprovação da dívida, na qual Dilair Savi foi avalista, a magistrada deu ganho de causa à autora e determinou a penhora de bens. Por sua vez, a empresária alegou que houve “falsidade de sua assinatura” constante da nota promissória que instrui o processo e exigiu a realização de uma perícia.
“Considerando que a penhora online atende à ordem de preferência dos bens penhoráveis insculpida no artigo 854 do Código de Processo Civil, defiro o pedido de bloqueio de valores junto ao Bacenjud e, ato contínuo, procedo à operação necessária, conforme se verifica dos extratos anexos”, despachou a magistrada em maio deste ano ao determinar a intimação da parte executada para que se manifestasse em cinco dias.
“Por outro lado, resultando frustrada a penhora via Bacenjud e, defiro a busca via Renajud, devendo a Secretaria da Vara proceder na forma da Ordem de Serviço nº 01/2016. Sendo exitosa a busca, expeça-se o necessário a penhora, lavrando-se o respectivo termo”, escreveu a juíza.
joias, dilair savi
As diligências na residência de Dilair Daroit foram acompanhadas por um representante dela no processo e também pelo advogado Izonel Pio da Silva, representante da empresa credora. Ao FOLHAMAX, ele se limitou a dizer que a dívida é oriunda de máquinas pesadas e vários serviços prestados. Ressaltou, no entanto, que prefere não entrar em detalhes quanto à origem da dívida.
Sobre a penhora de bens, ele inclusive, indicou quais objetos da residência são de interesse de seu cliente, no caso a empresa Miranda Incorporadora e Locadora de Máquinas. “Eu fiz a penhora de imóveis e móveis da residência, mas não tinha como naquele momento levar os móveis. Eu estava lá e junto com os dois oficiais levei as joias para o Banco do Brasil. Os moveis vou pegar em outra oportunidade. São móveis valiosos e obras de arte de alto valor”, conta o jurista.
FALSIFICAÇÃO DE ASSINATURA
Alegando desconhecer sua assinatura, Dilair Dairoit Savi interpôs um recurso de embargos à execução no dia 14 de março deste ano. O recurso foi aceito, mas sem efeitos suspensivos. O pedido de perícia na assinatura foi autorizado pela juíza Paula Saide Biagi em maio e ainda não foi realizada. Para proceder com o exame grafotécnico foi nomeada como perita judicial Nayane Barbosa Lanzieri.
Após os prazos de notificação, apresentação de valores dos honorários e concordância da parte ré, a perita deverá produzir um laudo e apresenta-lo em cartório em 20 dias. Apesar disso, o processo não foi suspenso.
“Eles não tinham o que alegar e pediram pericia na assinatura da avalista que é a Dilair. Ela disse que não se lembrava de ter assinado a promissória, mas a execução está correndo normal, não está suspensa. Eles poderiam ter garantido o juízo e embargado a decisão. Assim suspendia e execução, mas como não fizeram o processo correu normalmente”, explica o advogado Izonel Pio da Silva.